O livro "Os 10 mandamentos da prosperidade", do economista Marcos Silvestre (Faro Editorial, R$ 16,90 versão digital e R$ 24,90 versão impressa) traz dicas para conquistar uma vida financeiramente melhor e mais equilibrada.
1) Valorize o trabalho: o trabalho duro é uma fonte confiável de prosperidade. Escolha uma área profissional com a qual se identifique, busque boas oportunidades e faça o que for possível para expandir a sua receita.
2) Gaste bem: o mau gastador perde dinheiro comprando não por uma real necessidade, mas por se deixar influenciar com a propaganda ou modinhas. O bom gastador conhece suas prioridades e reais possibilidades financeiras.
3) Evite dívidas: toda dívida cobra juros e os juros que você paga o farão empobrecer um pouco mais a cada dia. Pense bem antes de se endividar para obter um bem ou serviço. Se for muito necessário, escolha a dívida com menos juros.
4) Poupe sempre: só é possível investir o dinheiro que antes se poupou. Dinheiro gasto é dinheiro morto; mas todo dinheiro poupado irá "ressuscitar" mais adiante, maior, já que rendeu juros. Poupe para poder realizar seus sonhos sem dívidas.
5) Invista direito: para acumular reservas significativas, é preciso investir com regularidade, todos os meses. Marcos Silvestre diz que as famílias que não investem ao menos 10% do que ganham não conseguem ficar longe das dívidas.
6) Ganhe juros: só subestima o poder multiplicador dos juros ganhos em boas aplicações financeiras quem não faz a conta dos juros compostos. R$ 140 investidos durante 45 anos na caderneta de poupança se transformarão em R$ 100 mil. E isso na poupança, a mais conservadora das aplicações.
7) Compre à vista: primeiro, descubra qual é o preço de mercado do que deseja comprar. Depois, distribua o esforço de poupar durante um certo número de meses planejados, assim como faria para comprar em suaves prestações, até ter o dinheiro para comprar de uma vez só.
8) Batalhe por descontos: ao acumular uma reserva para ter dinheiro vivo em mãos visando a compra à vista, brigue por um bom desconto e ele virá. Um erro é encanar com um produto específico, de uma marca ou loja, porque aí não tem negociação. Dê preferência aos produtos genéricos, mas de boa qualidade.
9) Aproveite tudo: dinheiro foi feito para gastar, e gastar comprando qualidade de vida. Quem planeja e controla as finanças pessoais com responsabilidade consegue viver com intensidade no presente e no futuro. Quem sabe lidar com o dinheiro consegue aproveitar melhor a vida.
10)Cultive a gratidão: não se esqueça de que não dá para ir em frente sem a ajuda das pessoas a quem amamos e que querem o melhor para nós. Não perca a oportunidade de valorizar toda a ajuda obtida .
Segundo ele, se a pessoa acredita que seus ganhos mensais são insuficientes, é preciso fazer com que o salário, ou o lucro do seu negócio, rendam mais qualidade de vida.
"Planejar e controlar gastos têm um único objetivo, que é liberar dinheiro bom, antes empatado em gastos ruins, para que você o empregue na compra de mais qualidade de vida", afirma. "Nunca apele para dívidas para corrigir o problema, pois elas terão efeito contrário, que é achatar seu poder de compra", afirma.
O professor explica que contrair dívidas para atingir um padrão de consumo desejado tem o efeito contrário ao esperado, porque parte da renda precisa ser desviada para pagar juros. "Já o planejamento financeiro - juntar o dinheiro antes, aplicar, ganhar juros, pagar à vista com desconto -, é, sem dúvida, o caminho da prosperidade", diz.
Lições de orientação financeira
No livro, o economista lista dez lições cujo objetivo é fazer com que as pessoas consigam perceber que podem ter uma vida financeira sólida, com realização pessoal e material. "São lições que vi funcionarem nos meus 25 anos de orientação financeira a famílias", diz.
Os dez mandamentos são:
1) Valorizar o trabalho
2) Gastar bem
3) Evitar dívidas
4) Poupar sempre
5) Investir direito
6) Ganhar juros
7) Comprar à vista
8) Batalhar descontos
9) Aproveitar tudo
10) Cultivar a gratidão
Dentre esses ensinamentos, Silvestre diz que o ponto mais problemático é a valorização do trabalho. Segundo ele, as pessoas acreditam que basta ganhar bem que todos os problemas estão resolvidos.
"Isso é um baita de um preconceito furado. Vi gente humilde lidando melhor com o dinheiro que pessoas muito ricas, que, por não valorizarem o dinheiro que tinham, acabaram bastante endividadas", diz.
O segredo, segundo ele, está em viver conforme a renda. "Não existe essa de ter despesa maior que a receita. Não existe isso de não consigo cortar. Todo mundo que quiser prosperar de forma duradoura precisa adequar seus gastos e poupar."
Gaste bem, evite dívidas e poupe sempre
Como saber que uma dívida é boa? Para isso, é preciso avaliar a motivação que o levou a se endividar. Se a dívida permite trazer um bem ou serviço essencial para a vida antes de ter o dinheiro pronto, é um indício de que a dívida vale a pena.
"Se endividar para comprar uma máquina que irá gerar mais renda, ou a casa própria, por exemplo", afirma. "Mas se endividar para atender aos apelos da propaganda é quase sempre um problema."
Silvestre diz que as famílias prósperas que conhece poupam, no mínimo, 10% do salário líquido com regularidade. "Uma família que não poupa constantemente não consegue viver longe das dívidas."
Dicas para prosperar
Ser econômico não significa riscar da sua lista de compras tudo o que é bom. A diferença é que, planejando, até os gastos mais extravagantes podem caber no bolso
Você não é baratinho e seu tempo não é baratinho. Se um profissional ganha R$ 4.000 líquidos e trabalha dez horas por dia, cada hora de seu trabalho vale R$ 20 (considerando 20 dias de trabalho por mês). Assim, a cada R$ 20 gastos, terá de trabalhar mais uma hora inteira para compensar. Reflita se vale a pena
Fuja das liquidações só porque todo mundo está comprando. Pense: "eu realmente preciso daquilo?"
O verdadeiro custo de uma mercadoria pode ser obtido dividindo-se o valor do bem comprado pelo número de vezes em que ele será utilizado
Se deseja ter dinheiro para gastar com algo que você quer muito, aprenda a enxugar gastos com as coisas que quer menos
Quem gasta com bobagem fica sem dinheiro para gastar com o que interessa.
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